segunda-feira, dezembro 31, 2007

E 2007 a acabar

Este ano poderia dizer tanta coisa em jeito de balanço. Mas curiosamente apetece-me mais sentir do que falar, do que escrever. Posso dizer que foi um ano em que aprendi a ser mais humilde, um ano em que me declarei oficialmente um estudante da vida. De 2008 espero que seja o próximo degrau... Este é o meu maior desejo para mim e para todos aqueles que amo (familiares, amigos, pessoas que admiro), que 2008 seja o próximo degrau.

Kate Havnevik - Melankton

O que escrevi no outro dia não podia ser mais verdade, o ano só acaba no último segundo de 31 de Dezembro. Descobri KateHavnevik a meio da tarde de hoje, é uma cantora norueguesa e a sua música é, nas palavras da mesma, dramática, bela e eufórica. Eu não sei se usaria estas palavras, mas certamente arrisco-me a dizer que logo à primeira audição me prendeu. Este álbum, Melankton, é para mim um dos melhores de 2007. As melodias são como sonhos caleidoscópicos, leves e suaves. Esta é a minha definição. É tão bom acabar o ano de 2007 a ser inspirado e comovido desta forma.

domingo, dezembro 30, 2007

Hoje...

Desci as escadas e quando cheguei à sala tinha a janela aberta e estava muito sol. A cidade de Lisboa estava debaixo de um imenso céu azul e algo em mim me dizia que a sensação deste dia vai ser muito frequente na minha vida. Há dias em que parece termos os olhos mais abertos.

Diz o povo...

... que «até à lavagem dos cestos ainda é vindima». É verdade. O ano só acaba no último segundo do dia 31 de Dezembro. Há muita gente que não tem paciência para esperar, mas pensemos no exemplo do futebol; quantas vezes o golo que define a vitória não acontece apenas uns segundos antes do apito do árbito?

sábado, dezembro 29, 2007

Top 10 de 2007 - Filmes






















Pecados íntimos - Lições de condução - O Bom nome - Ratatui - Dos patrias : cuba y la noche - Glue - Mysterious Skin - Ao anoitecer - Knocked up - A outra margem

Para quem não a conhece...

... esta é a Mosca Tse Tse. Será que esta tipa me picou? Ando com uma soneira há 3 dias. Zzzzzzzzzz...

Eventos Culturais - Balanço 2007

Não estive muito mal culturalmente. Percebi que ao longo deste ano vi 50 filmes no cinema, 5 peças de teatro, 3 concertos e 3 exposições. Podia ter sido melhor. A ver vamos como corre o 2008.

sexta-feira, dezembro 28, 2007

Constipação

Dou consdipado... atchiiiiiiiiiiiim...

quinta-feira, dezembro 27, 2007

Ali Farka Touré - Savane

África é um continente pobre, mas rico em cultura e diversidade musical. Penso que às vezes o preconceito adstrito ao "imperialismo ocidental" faz esquecer esta verdade. Ali Farka Touré era um guitarrista do Mali, falecido em 2006, e conseguiu reconhecimento internacional pela qualidade da sua música com ritmos tão similares ao blues americano. Savane foi o último álbum a ser editado, já postumamente. É world music e música de todo o mundo. Para mim, já faz parte do meu património. Quem sabe poderá fazer parte do vosso também.

quarta-feira, dezembro 26, 2007

A Bússola Dourada

Digamos que é um filme com bons efeitos especiais, bons efeitos especiais e bons efeitos especiais. Os ambientes são engraçados apesar de não serem imaginativos como uma obra de Tolkien ou do famigerado Harry Potter. Não achei nenhum dos actores particularmente fascinante e a história é filmada a pontapé, um chuto aqui e já se resolveu mais uma questão. Vale pelo cenário (o que vale).

13/20

terça-feira, dezembro 25, 2007

Burial - Untrue

Eles há pessoas estranhas, mas ainda bem que as há. Burial é um músico londrino anónimo. Segundo ele, apenas 5 pessoas sabem que ele faz música. Apareceu em 2005 e conheceu a consagração com o álbum Untrue em 2007. A música é electrónica, os ambientes entre o atmosférico e o drum n' bass. Vale a pena visitar este álbum.

Viver como os bébés

Falo tantas vezes que os bébés têm uma vida óptima sem preocupações. Pois bem, parece que foi o que me aconteceu a mim hoje. Dormi e comi. Não fiz mais nada. Isto é que é vida hein?

Amor e Outros Desastres

Ora cá está um filme para quem gosta de coisas levezinhas. Passado em Londres, o filme tem um look muito europeu retro que acaba por ser a sua mais-valia. A história tinha um grande potencial, mas acho que o realizador acabou por se deixar dirigir mais pelas características da actriz principal em vez de dirigi-la. Tirando a protagonista, acho que os actores estão bem. O que interessa reter deste filme é a mensagem. O amor não é uma coisa que nos cai em cima avassaladora. Isso acontece nos filmes. Na vida real, o amor é um processo. O amor acontece porque se dá uma oportunidde a alguém. Quando se espera apenas por príncipes encantados, podemos estar perante um belo problema.

14/20

sexta-feira, dezembro 21, 2007

Faz hoje 1 ano!!!!!

O Blog do Silvestre faz hoje 1 ano! Parabéns aqui ao burgo.

quinta-feira, dezembro 20, 2007

Sobre a pressa

Disse-me um amigo meu hoje, «Silvestre, não apresses as coisas». Realmente a pressa faz perder o carinho pela obra, banalizar o processo, mecanizar as acções. Quem quer ser mecânico? (eu nem de carros, nem de aviões, quanto mais na forma de viver a vida).

Diz a irmã de alguém que eu conheço

«Se não precisarmos de mais nada do que estar em silêncio ao pé de alguém de quem gostamos, é porque essa ligação é mesmo forte».

O entusiasmo também intoxica

Há alturas da vida em que nos sentimos bastante presos, inertes, mas por alguma razão tudo começa a mudar. De repente, descobrimos a luz. Ficamos com uma sensação de alegria, de bem-estar que toma conta do nosso corpo. Contudo, ocorreu-me ontem que e felicidade e o êxtase também têm os seus malefícios. Se nos deixamos encantar por eles, não sentimos mais nada. E quem fica apenas a olhar para a luz, não percebe que a vida continua a acontecer e que tem de continuar a agir. A felicidade e a satisfação enchem-nos de tal forma, que podemos pensar que isso é tudo. Não é. É uma parte. Continuamos a ter de nos esforçar, a ter de andar, a ter de agir. Sem acção pára o motor, daí até faltar a energia não é muito. Sem energia lá se vai a luz e lá se vai a felicidade.

LUX Jazz Sessions

Para quem (tal como eu) não sabia, o LUX tem estado a abrir às 4as feiras para sessões de Jazz ou música influenciada pelo Jazz. A entrada é gratuita e o ambiente é bastante intimista apesar da afluência. A hora é boa e à uma da manhã já se está em casa. Ontem foi a vez dos Loopless tocarem ao vivo. Foi um concerto muito agradável devendo-se à fantástica presença da Kika - a vocalista. No final ainda ganhei um presente de natal... o primeiro álbum deles.

terça-feira, dezembro 18, 2007

As coisas que se odeiam

Há poucos dias estava eu a falar com um amigo meu a dizer que nós empregamos mal os adjectivos. Às vezes dizemos «odeio favas», mas odiar é um bocado forte demais. Dizemos «adoro» e «odeio» por tudo e por nada. Esgotam-se assim os superlativos. depois até lhe disse que não há nada que eu odeie, mas esqueci-me de uma coisa. O serviço de Finanças da minha área de residência. Odeio-os!!!!! Com toda a força. Nunca vi um serviço tão trapalhão, tão incompetente, tão arrogante, tão (auto)desresponsabilizado. Da directora aos técnicos, não fazem a mínima ideia do que andam ali a fazer. Até já têm fama dentro da Administração Pública. E nada se muda. Nada. Porque afinal, quemn perde tempo é o cidadão, quem tem de chatear é o cidadão. Enfim... afinal sempre há alguma coisa que odeio.

segunda-feira, dezembro 17, 2007

A Dúvida

A Dúvida de Patrick Shanley está em reposição no Teatro Maria Matos. A peça é uma trama bem urdida e apesar de se passar no anos sessenta é de uma actualidde incrível. Abordando questões como a falência da fé, excessiva hierarquização da igreja, pedofilia e racismo (entre outras), conta com as magistrais interpretações de Diogo Infante e Eunice Muñoz, muito bem secundados por Isabel Abreu e Lucília Raimundo. A busca da certeza levanta sempre mais dúvidas. É difícil não viver com elas e mais difícil prever os cenários que uma convicção pode despoletar.

Duas notas finais. O cenário é incrivelmente bom. E Eunice Muñoz está cansada, tem algumas falhas de discurso e memória, mas curiosamente isso só dá mais veracidade à sua rígida, austera e obstinada freira.

18/20

sexta-feira, dezembro 14, 2007

António Botto escreveu isto (e eu gosto)

Se duvidas que teu corpo
Possa estremecer comigo
E sentir o mesmo amplexo carnal,
Desnuda-o inteiramente,
Deixa-o cair nos meus braços,
E não me fales,
Não digas seja o que for,
Porque o silêncio das almas
Dá mais liberdade
às coisas do amor.
Se o que vês no meu olhar
Ainda é pouco
Para te dar a certeza
Deste desejo sentido,
Pede-me a vida,
Leva-me tudo que eu tenha
-Se tanto for necessário
Para ser compreendido.

9 anos...

Fez, no dia 12, 9 anos que o meu pai morreu. É muito tempo, quase 1/3 da minha vida. Todos os anos fico muito triste nesta altura. É normal diriam alguns. Sim, é. Contudo, este ano não foi igual aos outros. O dia 12 foi um dia bom. Senti-me sereno e mal me lembrei desta data e do que ela significa. No limite a data não significa nada. A data significa apenas uma perda. Nada mais do que isso. Significa a minha incapacidade de deixar ir e de valorizar o que tenho. Tudo na nossa vida é uma questão de perspectiva. Talvez este ano a minha perspectiva esteja mais optimista. Lembrar-me do meu pai, não é lembrar o que perdi, mas sim o que ganhei. É valorizar a vida que tenho e as pequenas felicidades que me acontecem todos os dias. Ele trabalhou uma vida inteira em prol da felicidade da sua família. O mínimo que posso fazer é procurar ser feliz, é sentir o que tenho e não chorar pelo que não tenho.

A memória dele pede que eu me realize, que eu seja capaz de criar, que eu ria, que eu tenha respeito pelos outros e que não deixe ninguém faltar-me ao respeito. A memória dele pede-me que eu cresça e para não me esquecer de ser humilde. Ser humilde não é ser pequeno, nem é dizer que sim a tudo. É aceitar que existe um grande sistema à minha volta e que eu sou apenas uma partícula constitutiva do mesmo. É aceitar que tenho muito para conhecer e que na minha vida vou precisar das restantes partículas do sistema. Há pessoas que têm esta qualidade inata - a humildade. Outras têm de trabalhar para a desenvolver. Por isso, este dia 12 de Dezembro foi o mais sereno dos últimos 9 anos. Talvez porque percebo que as coisas têm um propósito, talvez porque percebo que apreendi o meu pai (e outros que partiram), talvez porque percebo que ele se expressa através de mim todos os dias. Não preciso de viver agarrado ao passado. Só preciso de pensar em ter um bom futuro.

quarta-feira, dezembro 12, 2007

A tradição continua a ser o que era

Pois é, embora este ano tenha feito a árvore de natal bem cedinho, continuo a deixar as prendas para o fim. Com um bocadinho de sorte pode ser que hoje consiga comprar alguma coisa. I'm helpless.

segunda-feira, dezembro 10, 2007

Bat for Lashes - Fur & Gold

Era uma vez uma cantora muito talentosa chamada Natasha Khan, que resolveu montar um projecto de nome Bat for Lashes. A música é evocativa de ambientes míticos, contos de fada e outras simbologias afins. Acaba por ser evocativa de Kate Bush numa fase etérea. É uma boa sugestão para o frio de dezembro. Enjoy!

sábado, dezembro 08, 2007

A bolha

Era uma vez uma bolha de sabão. Esta bolha era perfeita, redondinha, reflectia a luz do sol em tons de arco-íris. Era transparente e luminosa, o mundo visto através dela tinha também um ar redondinho, confortável. Era como ter todo o mundo dentro de uma bolha de sabão, limpo e cheiroso. A bolha viajava sem fim por prados e avenidas abertas, não havia mais nada do que este contentamento multicolor. Viajou, viajou, apanhou um prédio pela frente e rebentou. O mundo voltou a ter as mesmas cores e o mesmo ar não tão luminoso e confortável. Por mais belas que sejam, o mundo não deve ser vivido através de estruturas frágeis. A nossa vida irá rebentar muitas vezes e seremos apanhados, de repente, fora das ilusões de uma bolha multicolor.

Estrela Solitária

Não sei muito bem do que estava à espera com este filme. É definitivamente cinema de autor, e talvez não se esperasse outra coisa de Wim Wenders. É um filme sobre decadência, sobre sonhos desfeitos, sobre desperdício, sobre negação, sobre fugas para a frente, sobre cobardias. No final, se pensarmos bem, até existem algumas réstias de esperança, e é deixada no ar uma hipótese de redenção para um homem que nunca olhou para trás e nunca formou laços com nada. O problema é que também foi condenando a pequenas misérias pessoas com quem se cruzou ao longo da sua vida de fuga. Vale a pena continuar a fugir?

14/20

sexta-feira, dezembro 07, 2007

Para pensar...

«Se não acreditarmos que estamos destinados a grandes coisas, como seremos capazes de reconhecer e valorizar uma grande coisa que nos acontece?»

Um "cheirinho" de Pablo neruda

Se contemplo a lua de cristal, os ramos rubros
do Outono lento da minha janela,
se toco ao pé do lume a implacável cinza
ou o corpo enrugado da lenha,
tudo a ti me conduz,
como se tudo o que existe, aromas, luz, metais,
fossem pequenos barcos que navegam
em direcção às tuas ilhas que me esperam.
Se em cada dia, em cada hora,
sentes que a mim estás destinada
com doçura implacável.
Se cada dia nos teus lábios
nasce uma flor que me procura,
aí, meu amor, todo esse fogo em mim se renova,
em mim nada se apaga nem se esquece.
O meu amor do teu amor se nutre,
e enquanto viveres continuará nos teus braços
sem abandonar os meus.

Uma história de encantar

Um filme da Disney, a brincar com todos os estereótipos da Disney. Uma auto-ironia muito bem feita. O desempenho da actriz principal é brilhante, na forma como mimetiza os tiques dos desenhos animados.

O filme não é pretencioso e ganha com isso a sua mais valia. É muito cómico, mas deixa algumas mensagens para quem for mais sensível à problemática da falta de fantasia das nossas vidas. O entretenimento é garantido e sai-se com um coração mais cheio da sala de cinema.

16/20

terça-feira, dezembro 04, 2007

De novo...

Sim, quando nada indicava que isto fosse acontecer... comecei a fazer um novo cachecol. A lã estava comprada há 3 natais (desde que fiz o outro) e eu pensei «porque não?».

Jingle Bells, Jingle Bells...

O que acontece quando vemos mal o tamanho correspondente ao preço da árvore de natal que queremos comprar? Acabamos com uma árvore de 2.30m na sala. Sempre que a faço penso «epá, ela é maior do que eu me lembrava». Mas depois lembro-me que tenho este pensamento todos os anos. Está feita desde Domingo (uma novidade para mim, fazê-la cedo).

Os putos fazem-nos fazer coisas...

Estava eu para aqui a pensar que hoje andei a fazer corridas de gatas com um miúdo de 10 meses. Depois brinquei ao cucu (esconder a cabeça e aparecer e dizer 'cucu') e passado um bocado, quando ele percebeu que podia meter na boca uma borracha Steadler (ainda empacotada no plástico), deixou de me ligar tanta importância como isso. Mas a borracha também foi sol de pouca dura, depois veio a bola vermelha grande, depois a bola vermelha de Natal, depois os talões da Zara e aí tive de intervir porque começou a comê-los. Segundo a mãe ele gosta de comer papel. Ok, podia ser pior, podia gostar de lampreia de ovos... bleurgh.

segunda-feira, dezembro 03, 2007

O Universo

O único mistério do Universo é o mais e não o menos.
Percebemos demasiado as coisas - eis o erro e a dúvida.
O que existe transcende para baixo o que julgamos que existe.
A realidade é apenas real e não pensada.
O Universo não é uma ideia minha,
A minha ideia do Universo é que é uma ideia minha.
A noite não anoitece pelos meus olhos,
A minha ideia de noite é que anoitece pelos meus olhos.
Fora de eu pensar e de haver quaisquer pensamentos
A noite anoitece concretamente
E o fulgor das estrelas existe como se tivesse peso.
Nos dias certos, nos dias exteriores da minha vida,
Nos meus dias de perfeita lucidez natural,
Sinto sem sentir que sinto,
Vejo sem saber que vejo,
E nunca o Universo é tão real como então,
Nunca o Universo está (não perto ou longe de mim,
Mas) tão sublimemente não-meu.

«Alberto Caeiro»

Grato mais uma vez

Cheguei ao fim de mais um fim-de-semana e com um sentimento de satisfação tão grande que a única coisa que me ocorre é dizer. Obrigado! Sinto-me grato por ter tido a oportunidade de viver as coisas que vivi este fim de semana; por ter bons amigos e tê-los presentes, por ter serenidade quando ela é precisa, por ter dinheiro para fazer a vida cultural que gosto.

Contratempo

Antes de mais... VÃO VER ESTA PEÇA!!!!!!!!!!!!!! Fui no sábado ver esta peça, que é a última encenação da Teatroesfera. Falando de coisas práticas, o bilhete não é muito caro (10 euros) e é diversão garantida. O mote da peça são os contratempos da vida. É composta por 6 sketches e é um crescendo do início até ao fim. É bastante cómico, os diálogos são muito inteligentes. Os actores são muito bons e a encenação é original.

18/20


Como é que vai para lá? É assim, entram na IC19, saem onde diz Palácio Nacional de Queluz, fazem a rotunda em frente e viram à esquerda na direcção do McDonalds (o teatro fica nas traseiras). A peça está em cena até 16 de Dezembro.



Esquadrão de Província

Se há filmes que supreendemn este é um deles. Não estava nada à espera do que encontrei. O que se passa quando o melhor polícia de Londres é destacado para a mais pacata vila de Inglaterra? Pois... Sanford é uma aldeia rural onde o mais excitante que acontece é o concurso de aldeia mais bonita de Inglaterra.
.
O filme é uma comédia bem ao estilo britânico, com muito bons gags. Os primeiros 3/4 do filme são quase irrepreensíveis. O último 1/4, à boa maneira do Tarantino, dá uma tónica demasiado exagerada à acção e perde a qualidade de ser verosímil (até fica um bocado chato). Mas vale a pena pena ver, em especial se gostam de filmes sobre a Inglaterra rural e finais como o do Kill Bill.

14/20

quinta-feira, novembro 29, 2007

Adivinha

O que é pior que estar com dores de estômago e com desarranjo intestinal?
Estar com estas duas coisas e ter de ir a uma reunião de condomínio que dura 2 horas.

terça-feira, novembro 27, 2007

Todos temos um jardim secreto

I still believe, I still believe
'Cause after all is said and done
I'm still alive
And the boots have come and trampled on me
And I'm still alive
'Cause the sun has kissed me, and caressed me
And I'm strong, and there's a chance
That I will grow, this I know
So I'm still looking for
A petal that isn't torn
A heart that will not harden
A place that I can be born
It’s in my secret garden
A rose without a thorn
A lover without scorn
Somewhere in fountain blue
Lies my secret garden
«M.Ciccone»

segunda-feira, novembro 26, 2007

Sol


Sim, mesmo no centro...

Inocência é não pensar

O mundo não se fez para pensarmos nele
Mas para olharmos para ele e estarmos de acordo.
Eu não tenho filosofia: tenho sentidos...
Se falo na natureza não é porque saiba o que ela é,
Mas porque a amo, e amo-a por isso,
Porque quem ama nunca sabe o que ama,
Nem sabe porque ama, nem o que é amar...
Amar é a inocência
E toda a inocência é não pensar...

«Alberto Caeiro»

Para quem gosta de piadas secas (eu gosto).

O que é um ponto branco numa esquina?
Uma pipoca prostituta.

Sintonia

O que acontece quando entramos em sintonia? Ficamos sintonizados.

Se...

Se a minha irmã mais velha fosse viva, faria hoje 41 anos. Chamava-se Paula e nem eu nem o meu irmão a chegamos a conhecer porque não chegou a viver 1 ano. Sabemos pelas fotografias (e pelos relatos dos nossos pais) que era um bebé muito atento e adorava tomar banho.

Há dias quentinhos

O dia de ontem foi um dia brilhante. O único plano que tinha era ir ver a actuação de um grupo de Gospel, do qual fazem parte alguns amigos. Foi um bela actuação e um espetáculo com bastante emoção. Quem corre por gosto não cansa e alguns deles estavam com 3 espetáculos de seguida em cima e mesmo assim vibravam como se fosse o primeiro.

Depois quis o dia que fossemos parar a um restaurante maravilhoso com um serviço de primeira e uma comidinha caseira que é indiscritível. Ainda acabei a dar um passeio para "desmoer" junto ao Tejo. O dia foi simplesmente perfeito. Sinto-me agradecido quando tenho dias assim. Venham mais

quinta-feira, novembro 22, 2007

Esta manhã...

Acordei cheio de dores do ioga e do ginásio que fui fazer ontem. Nada indicava que por volta das 19.50h eu iria estar sozinho em casa sozinho prestes a ir fazer o jantar (como tantas outras vezes) e, de repente, dar por mim a pensar «sinto-me bem, sinto-me tão bem aqui comigo». São daqueles momentos que se tem de vez em quando. Estamos sozinhos, mas estamos tão bem acompanhados.

Esta tarde...

Fiz mais um retorno ao local do crime. Desta vez a energia era outra. Não encontrei nenhum dos feiticeiros crueis, apenas os gnomos trabalhadores, sempre com as suas características especiais ao rubro. Foi um bom dia.

Esta noite...

Estive com a Isabel. Foi um belo encontro. Muito belo encontro mesmo. Mas há tanto para dizer quando as pessoas já não se vêem há 9 meses e 22 dias. Mesmo que só se tenham encontrado 1 vez na vida.

Diz-se por aí...

Que a natureza opera sempre pela via mais simples.

terça-feira, novembro 20, 2007

O começo do dia

Hoje eram 8.40 da manhã e lá estava eu a começar o dia com uma aula de Iôga. Fui experimentar. Não correu nada mal, mas cai para o lado quando estava a fazer uma invertida sobre a cabeça. O medo faz destas coisas. Logo à tarde harmonizo os chacras e espero acabar o dia em beleza. Tenho ainda de pensar se continuo o Iôga ou não.

segunda-feira, novembro 19, 2007

Situações que nos vêm à mente

No dia 15 tive um problema de saúde e passei a tarde no hospital. Fui lá para uma consulta e mal sabia que ia ficar a apanhar soro e antibióticos pela veia porque tinha um infecção chata nas vias respiratórias. No meio disto conheci uma senhora, que estava lá com palpitações e problemas de respiração. Era a D. Rosa de Alfama. Uma senhora pequenina de lindos olhos azuis. A grande preocupação dela era que ainda tinha de ir buscar o neto à escola. Não podia ficar ali muito mais tempo a levar soro. Eu segurei-lhe no sumo e nas bolachas para que ela se alimentasse. Falei com ela uma hora ou mais. No fim, como se despachou antes de mim. Agradeceu a gentileza, desejou-me as melhoras e deu-me a morada dela. Disse-me para eu passar por Alfama e comer umas sardinhas com ela.

O que retirei no meio disto tudo é que existem situações adversas, mas no meio das piores coisas existem sempre sinais de coisas que podemos aproveitar, coisas que nos ajudam a crescer, ou coisas que nos ajudam simplesmente a acreditar que existem propósitos. Às vezes penso que as coisas não acontecem por acaso.

domingo, novembro 18, 2007

Elizabeth - The Golden Age

Ao falar deste filme, a primeira coisa que eu tenho a dizer é que eu sei ao que ia. Já tinha lido as críticas e também imaginava que não fosse extraordinário. O que eu queria ver era basicamente um filme de época que, suspeitava eu, tinha um belo guarda roupa e belos cenários. Pois bem. Foi apenas isso que se viu.
.
O filme, para além de falta de rigor histórico, apresenta alguns planos muito bonitos, mas outros que obedecem mais ao discurso televisivo tipo Baywatch, do que ao que se pretendia de um filme que visava retratar o apogeu da rainha Isabel I de Inglaterra. Nem o incrível talento da Cate Blanchet é suficiente para disfarçar as lacunas do argumento e o estilo atabalhoado da narração. Salva-se o guarda roupa.

12/20

ps. Obrigado Bia por leres estes comentários.

quarta-feira, novembro 14, 2007

Questions and answers

Am I the spirit?
Am I my own master?
Please may I have the pure knowledge?
Please may I have my self realisation?
I am the spirit...
I am my own master...

terça-feira, novembro 13, 2007

Estatísticas

Tenho 258 contactos nas minha lista telefónica. 18 são amigos do coração, por outras palavras, 7% da minha telefónica. Fiquei contente com o resultado.

O Passado

Largar o passado não é fingir que ele não aconteceu, não é aniquilá-lo. No fundo é aceitá-lo. Perceber que bom ou mau, ele contribuiu para o que somos hoje. Somos o que o nosso passado fez de nós. Por isso, largar o passado é aceitar essa experiência, agradecer essa experiência. E partir para o futuro sem nada nas mãos. Como podemos agarrar algo quando as nossas mãos já estão ocupadas?

segunda-feira, novembro 12, 2007

Há coisas que me escancaram o sorriso...










O ALEX É UMA DELAS!!!

Frase do Dia

«Tudo o que necessito virá ter comigo na exacta medida do espaço e do tempo.»

O grande mistério por trás de tudo isto é que, muitas vezes, aquilo de que necessitamos não é o que queremos. O caminho da nossa evolução não é sempre pautado por coisas agradáveis, podemos precisar de algo custoso para evoluirmos. Muitas vezes estamos a ter aquilo que necessitamos, quando a vida parece ser mais injusta. É importante perceber tentar perceber para onde nos vai levar esse momento, e qual a sua função.

domingo, novembro 11, 2007

Hoje...

Hoje passei grande parte do dia a estudar. Para que é que estou a escrever isto? Porque não me quero esquecer que hoje fui estudar para aquele café calmo com uma vista linda, onde comi um queijada de leite e vi um veleiro ao longe no rio. Há dicas que tenho de agradecer. E agradecer à vida também, pelo dia de hoje.

Bettye Lavette

Nunca conheci esta senhora mais gorda (nem mais magra). Mas quis o destino que a conhecesse e eu agradeço-lhe. Já não me lembrava de ter ouvido uma voz com tanto soul e blues. Ela consegue uma expressividade assombrosa. A senhora já tem 61 anos e recuperou a sua carreira ao fim de anos e anos no esquecimento. Ainda bem que não foi apenas Lázaro que voltou dos mortos. É um grande CD.

sábado, novembro 10, 2007

Estranha em mim

E foi mais um filme. O cinema é uma paixão na minha vida e tenho tido a sorte de gostar dos últimos filmes que vi. tem sido uma série muito boa. Sexta foi a vez de Estranha em Mim, com um belo retorno da Jodie Foster. Achei o filme um objecto belíssimo (ao contrário da maioria dos críticos americanos), o Neil Jordan tem-me habituado a este tipo de sentimento pela sua obra. Não sei se pense no filme como um drama de sobrevivência, um drama de perda, ou um objecto filosófico.
.
O que acontece a uma pessoa ao ser tocada pela perda do que mais precioso tem na vida? O que acontece a uma pessoa ao ser privada do seu futuro e da ideia que tinha de si mesma? Será que há buracos dentro de nós que são tão poderosos que nada, jamais, os conseguirá preencher? Um casal prestes a casar é atacado por um gang. Ele morre, ela sobrevive depois de uma temporada em coma. A cidade é Nova Iorque e, para alguém, nunca mais será a mesma.

16/20

sexta-feira, novembro 09, 2007

Joe Henry - Civilians

Parece que tenho um novo CD favorito. Este Civilians do Joe Henry vai ser a banda sonora do meu Outono. É um CD intimista entre o blues e o country alternativo, um pouco ao estilo do Tom Waits. As letras são de uma grande sensibilidade e quase que nos embalam num ritmo que nos deixa quentinhos. Diria que é ideal para Novembro e Dezembro.

Trívia: O Joe Henry é casado há 22 anos com a irmã mais nova da Madonna e viveu 2 anos em Portugal. Consta que a Madonna é viciada na feijoada trasmontana que a irmã aprendeu a fazer cá pelas nossas terras.

Conhecem a insónia?

Se conhecem a insónia, convidem-na para um café e espetem-lhe com um valium lá dentro. Eu esqueci-me e agora tenho de estar a levar com ela.

Era uma vez...

Era uma vez a Estela. A Estela conheceu a Mara. Um amor que veio de dentro para fora. Quando o que cada pessoa quer ouvir encaixa com que outra pessoa tem para dizer, dá-se uma explosão. Iniciou-se uma paixão mais veloz que o vento, mais rápida que um raio. Choques meteóricos e relâmpagos incandescentes cruzaram os céus no dia em que trocaram o primeiro beijo. Um dia, talvez erradamente, ambas acharam que não mais faziam a outra sentir estrelas. E foi assim que deixaram as estrelas cair do seu céu. Um céu sem estrelas. A Estela e a Mara ficaram sem luz no céu conjunto que partilhavam. Mas se elas pensarem bem, não têm razão para ficar tristes. Às vezes há fenómenos a que se chamam efemérides. São coisas muito especiais, que têm poucas probabilidades de acontecer, mas que acontecem numa dada altura por um motivo muito forte.
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A meu ver, a Estela e a Mara são como duas estrelas. A estrela do norte e a estrela do sul. Por alguma razão cósmica elas encontraram-se para desempenhar uma função muito importante na vida da outra, mesmo não sendo para sempre. E apesar de ambas não terem conseguido viver no pólo oposto do qual faziam sentido, tenho a certeza de que as duas, cada uma em seu pólo, vão poder e querer continuar a brilhar para a outra. A vida de cada uma mudou por influência da outra. Isso nunca poderá ser apagado.

quinta-feira, novembro 08, 2007

Este Natal...

Está quase aí o Natal. Não vai ser o que eu imaginava. Mas vai ser um bom Natal. Este ano vou salvar o Natal. Há qualquer coisa que me faz ter luz em casa. Há qualquer coisa que me move. Como quando algo acorda dentro de nós e já não pode ser ignorado. Pois bem, este Natal a casa irá estar cheia... de Natal.

Dia 8 de Novembro e o pullover quentinho

Hoje vesti um pullover quentinho. Assumi o tempo de Novembro. Às vezes é uma forma de nos fazermos felizes. Vestir um pullover quentinho é quanto basta.

terça-feira, novembro 06, 2007

Música, eu nasci prá músicaaaaaa...

Eu devia ter vergonha, mas digamos que fiz uma pequena estravagância. Adquiri 20 Cds no espaço de dois dias. Agora é arranjar tempo para os ouvir. Lá vai tudo disparado para o mp3 (à vez, é claro).

O homem da minha vida

Pois é, cada vez mais me convenço disso, acho que encontrei o homem da minha vida. Estou completamente apaixonado. Tem 9 meses e chama-se Alexaaaaaaaaaaaaaaandre. Yeaps, é o meu afilhado. Não resisto a sorrir sempre que olho para o telemóvel e lá está ele no wallpaper com o seu chapeuzito e sorriso lindo. Penso nele e dá-me vontade de sorrir. É incrível a disponibilidade e a felicidade que estes 'macaquitos' conseguem trazer às nossas vidas. E há que aproveitar este período tão engraçado da vida dele em que está a descobrir tudo (e começa a destruir também). Ainda no outro dia ele nasceu, está aqui tem 1 ano.

segunda-feira, novembro 05, 2007

Ao começar a semana de trabalho...


Só peço que todos os santos ajudem!!

Frase do dia

«As mentes são como os pára-quedas, só funcionam se estiverem abertas»

As pedras são só pedras

Li hoje quase duas páginas do livro de um poeta místico,
e ri como quem tem chorado muito.
Os poetas místicos são filósofos doentes,
e os filósofos são homens doidos.
Porque os poetas místicos dizem que as flores sentem
e dizem que as pedras têm alma
e que os rios têm êxtases ao luar.
Mas as flores, se sentissem, não eram flores, eram gente;
E se as pedras tivessem alma, eram coisas vivas, não eram pedras;
E se os rios tivessem êxtases ao luar,
os rios seriam homens doentes.
É preciso não saber o que são flores e pedras e rios
para falar dos sentimentos deles.
Falar da alma das pedras, das flores, dos rios,
É falar de si próprio e dos seus falsos pensamentos.
Graças a Deus que as pedras são só pedras.

Alberto Caeiro

domingo, novembro 04, 2007

Poderá ser amor?

E hoje lá fui ver o quarto filme em quatro dias. Gostei bastante. É uma comédia romântica. O que fazer quando se pensa que se gosta de alguém e tudo corre mal desde o início? Bem, este é o problema do personagem principal e ele vai ter de encontrar a sua resposta ao longo do filme.

16/20

sábado, novembro 03, 2007

Se é assim, é porque assim é...

Se eu pudesse trincar a terra toda
e sentir-lhe um paladar,
e se a terra fosse uma coisa para trincar,
seria mais feliz um momento...
Mas eu nem sempre quero ser feliz.
É preciso ser de vez em quando infeliz
para se poder ser natural...
Nem tudo é dias de sol,
E a chuva, quando falta muito, pede-se.
Por isso tomo a infelicidade com a felicidade,
naturalmente, como quem não estranha
que haja montanhas e planícies
e que haja rochedos e erva...
O que é preciso é ser-se natural e calmo
na felicidade ou na infelicidade,
sentir como quem olha,
pensar como quem anda,
e quando se vai morrer, lembrar-se de que o dia morre,
e que o poente é belo e é bela a noite que fica...
E que se assim é, é porque é assim.

Alberto Caeiro

Sahaja Yôga

Ontem iniciei aulas de sahaja yôga que é um método de meditação que procura o despertar que pode ocorrer em cada ser humano. Através deste processo de transformação interior (que nos torna mais morais, unidos, integrados e equilibrados), podemos sentir a energia a subir como uma brisa fresca.

De facto, a brisa fresca sente-se. Descreveria a sensação como se fossemos tomados pela frescura do mentol.

Segundo esta corrente, nós não somos apenas corpo, mente, ego, intelecto, condicionantes e emoções. Somos espírito. O espírito é a fonte do verdadeiro conhecimento, paz e alegria. Necessita ser acordado. Shri Mataji, a grande mentora da disciplina iniciou "o despertar", para que a humanidade encontre aquilo que é seu por direito. Por isso a aprendizagem das técnicas são gratuitas, pois a experiência essencial deve ser de todos. Quem sabe, tem o dever de ensinar os outros a reclamar aquilo que já é seu por direito e que, embora latente, têm dentro de si. A experiência foi boa.

Ao anoitecer

Mais uma vez estou sem palavras para descrever este filme. É um filme triste, diria que profundamente triste. Uma mulher encontra-se à beira da morte quando entre delírio e restrospectiva, revela às filhas o amor que nunca esqueceu. O filme é triste por isso mesmo, por vermos alguém no fim da vida a ver que esta lhe passou ao lado. Tantas personagens deste filme cometeram erros. Mas no meio dos erros alguns conformaram-se e outros conseguiram, mesmo assim, ter uma vida cheia... sem contudo terem percebido que a tiveram. Não é triste?

17/20

sexta-feira, novembro 02, 2007

Bip...Bip...

Bip…Bip…Bip…Bip…Bip…Bip…Bip…Bip…Bip…Bip…Bip…Bip…Bip…Bip…Bip…Bip…Bip…Bip…Bip…Bip…Bip…Bip…Bip…Bip…Bip…Bip…Bip…Bip…Bip…Bip…Bip…Bip…Bip…Bip…Bip…Bip…Bip…Bip…Bip…Bip…Bip…Bip…Bip...Bip... Sim, há aqui vida.

Azar do Caraças

Antes de mais... NÃO PERCAM ESTE FILME!! É uma comédia brilhante, muito inteligente e com humor bem feito. Saimos de lá com a cara dorida de estar sempre a rir. As traduções portuguesas são uma treta e o filme teve o azar de ter um nome do caraças. Mas não é uma comédia de adolescentes. Trata questões sérias dos relacionamentos e do assumir da vida adulta. Tudo isto com um humor incrível. Acho que deverá ser a melhor comédia do ano.

17/20

Outra Margem

Não sei muito bem o que escrever sobre este filme. Para quem não sabe do que se trata, é a história de um travesty que perde a vontade de viver e depois de tentar o suicídio volta à terra do interior onde nasceu e entra em contacto com o sobrinho que nunca conheceu, que tem 17 anos e o Síndrome de Down. O filme não é espectacular do ponto de vista da cenografia, mas é muito bom do ponto de vista do argumento e dos actores. A mensagem e belíssima e faz-nos pensar muito. Mais uma vez, a felicidade está dentro de nós. E a força de viver nem sempre está nos mais fortes e mais adaptados. É preciso perceber que existem outros códigos para lá das coisas socialmente aceites e das regras e costumes socialmente vigentes. Nada é normal e tudo na vida é uma descoberta e uma nova etapa.

17/20

terça-feira, outubro 30, 2007

Bom mantra...

God grant me the serenity to accept the things I cannot change
Courage to change the things I can
And the wisdom to know the difference.

Inesperado

Sabem quando acontece uma coisa verdadeiramente inesperada? Ontem foi um desses dias. Recebi um telefonema de alguém que nunca me telefonou antes, a não ser para coisas práticas. E ontem apenas me telefonou para saber como eu estava. Assim, do nada. «Eu estou melhor, sim... melhor. Obrigado por teres telefonado». «Obrigado porquê? Somos família.»

segunda-feira, outubro 29, 2007

O novelo

Não se consegue fazer uma camisola de lã sem que que as medas estejam organizadas num novelo. Se a lã não está enrolada de forma simples e segura, constantemente, vai ter de se estar a fazer remendos, acrescentos, e todo o processo será um improviso desgastante. Se queremos fazer uma camisola, há que organizar o novelo primeiro, não deixar mil e uma pontas soltas. Quem sabe consigo tricotar alguma coisa para o natal? Pelo menos um cachecol.

sábado, outubro 27, 2007

Dúvida existencial

Gostava de deixar um ponto em discussão (vamos lá ver se alguém responde). Os amigos são para as ocasiões ou as ocasiões é que são para os amigos?

O irmão

O meu irmão é mais velho do que eu, um bom bocado mais velho. Não temos nada a ver um com o outro. Não gostamos da mesma música, não gostamos dos mesmos livros, não gostamos dos mesmos filmes, não gostamos dos mesmos sítios para passar férias, não gostamos dos mesmos cafés. Parece que com um irmão assim a distância seria intransponível, mas não. Não fazemos uma vida próxima porque não temos, de facto, muito em comum. Mas existe um profundo amor entre os dois.
.
Ontem alguém me disse que eu tinha um bom irmão. Passamos 19 anos da minha vida às turras um com o outro. Mas apesar de tudo, a verdade é que tenho um bom irmão. Se eu precisar o meu irmão está lá. O giro é que falamos através de um canal infalível... a mãe. Quando falamos com a mãe a primeira coisa que dizemos é «olha, como é que está o mano?». A mãe é o nosso meio de comunicação mais actual. É também o elemento mais forte que temos em comum. Gostamos os dois imenso da mãe. Temos os dois um profundo respeito pela memória do nosso pai. Eu amo o meu irmão. Esse homem com quem tenho tão pouco em comum. E depois, quando estamos bem dispostos, falamos pelos cotovelos. É uma das coisas que temos em comum. Fartamo-nos de rir e dizer piadas. E a mãe também alinha (em família, claro).

A mãe

Todos nós temos uma mãe. E há aquelas frase «quem tem uma mãe tem tudo», «o amor de mãe é incondicional». Pessoalmente acho que não é verdade. Acho que há muitas mães que são péssimas e as que simplesmente não amam os filhos. Às vezes um filho é uma coisa que acontece na vida de uma pessoa, seja porque razão for. Não me cabe a mim julgar essas mães e também não quero falar disso, porque analisar o que escrevi até agora dava pano para mangas. O que quero fazer é simplesmente falar de uma mãe que conheço bem... a minha.
.
A minha mãe não é apenas minha mãe, é minha amiga. É alguém com quem eu posso discutir uma série de coisas, às vezes difíceis para ela. Já tem 65 anos e é conservadora, mas tem uma coisa incrível, um enorme amor pelos filhos. Este amor faz com ela trasncenda muitas vezes os seus preconceitos e obriga-a muitas vezes a rever a sua escala de valores forjados por uma educação muito rígida. Esta mãe, tem saudades do seu tempo. Mas percebeu que o tempo em que vive é outro e que novas questões se levantaram. Mesmo que não as compreenda, ou que com elas não concorde, ela respeita. E faz tudo para acompanhar, na medida do possível, estes tempos tão estranhos. Porquê? Porque não quer perder o pé. Quer acompanhar os filhos, quer ser capaz de estar ao nosso lado, assim nós precisemos, e ter algo para dizer sempre que tiver de nos ajudar.
.
Nem sempre tudo corre às mil maravilhas entre nós, mas a nossa relação não podia ser mais genuína. Não é uma relação que se aguenta com base na formalidade Pais vs. Filhos. A nossa relação é informal, mas é verdadeira. Esta mãe com quem às vezes me chateio e aborreço, sabe tudo sobre mim. E acima de tudo sabemos uma coisa, para lá das brincadeiras, das parvoíces, das chatices e, por vezes, das palavras duras, uma verdade ressalva. Podemos sempre contar um com o outro. Sempre!

sexta-feira, outubro 26, 2007

Últimos dias

Sinto-me tomado de uma náusea. Só isto. Não há mais nada a dizer...

quinta-feira, outubro 25, 2007

Respiro fundo

Inspiro... expiro... inspiro... expiro... inspiro... expiro...

Dark Road

It's a dark road
And a dark way that leads to my house
And the word says
You're never gonna find me there oh no
I've got an open door
It didn't get there by itself
It didn't get there by itself
There's a feelin
But you're not feelin' it at all
There's a meaning
But you're not listening any more
I look at that open road
I'm gonna walk there by myself
And if you catch me
I might try to run away
You know I can't be here too long
And if you let me
I might try to make you stay
Seems you never realise a good thing
Till it's gone..
Maybe im still searchin
But I dont know what it means
All the fires of destruction are still
Burnin' in my dreams
There's no water that can wash away
This longin' to come clean
Hey yea yea....
I cant find the joy within my soul
It's just sadness takin hold
I wanna come in from the cold
And make myself renewed again
It takes strength to live this way
The same old madness every day
I wanna kick these blues away
I wanna learn to live again...
It's a dark road
And a dark way that leads to my house
And the word says
You're never gonna find me there oh no
I've got an open door
It didn't get there by itself
It didn't get there by itself
Annie Lennox in «Songs of Mass Destruction»

Oh God...

Oh God...
Where are you now?
And what you gonna do
About the mess I've made
If there was ever a soul to save
It must be me
It must be me
Dear god...
Oh how can I survive?
Will I make this drop this dive?
When it all comes to this
I'm looking down at the abyss
Where you don't exist
You don't exist
But if you hear me
If you can see me...
I know I can't be that strong
'Cause everything I ever did went wrong
Everything I ever did went wrong
Oh god
Now where do I come in?
Gone and broken everything
So I hope you'll understand
If someone needed a helping hand
It must be now
It must be now
Annie Lennox in «Bare»

quarta-feira, outubro 24, 2007

Descobri hoje

Que deitar uns belos filetes de peixe na sopa de legumes deixa-a com um sabor extraordinário. Ouvi dizer que estava com um ar pálido e isso fez-me rever algumas opções alimentares. Mas que bela descoberta. Estou ansioso por comer sopa de novo amanhã. Nham...

terça-feira, outubro 23, 2007

Museu da Arte Contemporânea de Elvas

Para quem ainda não conhece, sugiro que vá até Elvas. Existe lá um museu à nossa espera, com obras exclusivamente produzidas por artistas portugueses do século XX e XXI. O acervo corresponde à coleccção privada de António Cachola e reside no antigo edifício da Misericórdia. O meu conselho é que evitem a visita domingueira, pois os restaurantes estão quase todos fechados.

Coisas que ficam no ouvido

Mais importante do que se ser forte é sentir-se forte.

quinta-feira, outubro 18, 2007

Verdade Lapalisse

«Everybody's looking for something»

Pum Pum...

Às vezes o coração faz pum-pum, pum-pum, pum-pum...

A malta fixe...

Hoje voltei ao local do crime. Foi uma sensação muito estranha estar num sítio ao qual se pertence e não se pertence ao mesmo tempo. Mas tudo bem. A vida segue o seu rumo e, em conformidade, os dados estão lançados. Gostei muito de ver algumas caras que nos últimos anos fizeram parte dos meus dias e dos meus bons pensamentos. Valeu por isso...

ps. Saltarico pá, estás bonito.

terça-feira, outubro 16, 2007

Ser

Sou suave
Sou nata
Sou espuma
Sou vapor
Sou alma
Sou pássaro
Sou casa
Sou prego
Sou cúspide
Sou sombra
Sou pedra
Sou cobra
Sou mato
Sou lava
Sou amor
Sou vazio
Sou recheio
Sou morte
Sou vício
Sou vida
Sou raiva
Sou branco
Sou escuro

by Silvestre

Rapaz de Giz

Ele era um rapaz de giz
Muito sensível às cores
E não era feliz.
Porque era um giz branco
A escrever num quadro gris,
O seu mundo eram duas cores
Sem um único matiz.
Como esta vida não chegava
Para o nosso rapaz de giz
Consumir-se até ao pó
Foi o destino que ele quis.

by Silvestre

segunda-feira, outubro 15, 2007

O Sol

O Sol é um estado de espírito. Para sentirmos o Sol basta procurá-lo incessantemente. Se até o girassol, que é uma planta sem inteligência, consegue encontrar sempre o sol. Que desculpa temos nós para não o encontrarmos?

sexta-feira, outubro 12, 2007

The line

This line
This thin, thin line
That could choke me
That could save me
That could break me
That could lift me
That could enlight me
This line
This thin, thin line
Is all around me
Is nowhere near me
Is escaping me
Is pushing me
Is growing me

by Silvestre

quarta-feira, outubro 10, 2007

O que se pode

It's good to be alive
And these are the choices
We make to survive
We do what we can...
We do what we can

Hoje

Hoje seria o dia de anos da única avó que conheci na vida. Não era perfeita, mas era a avó que tinha e eu gostei dela na mesma.

Mal Casado




O novo filme dos irmãos Farrely não é, definitivamente, o doidos por Mary. Confesso que me ri com vontade algumas vezes e que há alguns gags bastante inteligentes, mas acho que o argumento do filme não é coerente de todo. Se calhar estava à espera de um final feliz (ou mais feliz) e que o personagem principal tivesse uma atitude diferente no final. Ouvi risos na sala. Mas a mim não me deu vontade de rir. Para mais, toda a temática do filme deixou-me bastante deprimido.

13/20

sábado, outubro 06, 2007

Já vos aconteceu...

Já vos aconteceu não perceberem? Às vezes por muito que me esforce não percebo. Serei intelectualmente incapaz? Terei códigos linguísticos diferentes? Não sei. Às vezes não percebo e não consigo fazer perceber que não percebo. Não percebo bem como.

Sra. D. Amália (1920-1999)


Era uma vez um pequeno país que alguém levou, no canto, por esse imenso mundo fora.
Era uma vez alguém que cantou os melhores poetas portugueses e (re)inventou o fado.
Obrigado Sra. D. Amália.

Franco Fontana



Um dos mais brilhantes fotografos a cores do século XX. Começou como amador, sem bases de fotgrafia, mas cedo se percebeu que era mais do que um "instintivo". A fotografia surrealista e as paisagens geométricas são o seu cartão de visita.

Perfect...

Sometimes is never quite enough
If you're flawless, then you'll win my love
Don't forget to win first place
Don't forget to keep that smile on your face
Be a good boy
Try a little harder
You've got to measure up
And make me prouder
How long before you screw it up
How many times do I have to tell you to hurry up
With everything I do for you
The least you can do is keep quiet
Be a good girl You've gotta try a little harder
That simply wasn't good enough
To make us proud
I'll live for you
I'll make you what I never was
If you're the best, then maybe so am I
Compared to him compared to her
I'm doing this for your own damn good
You'll make up for what I blew
What's the problem ...... why are you crying
Be a good boy
Push a little farther now
That wasn't fast enough
To make us happy
We'll love you just the way you are
If you're perfect

Alanis Morissette

sexta-feira, outubro 05, 2007

Ah pois!

«Falling in love is so hard on the knees»

E se mudar de vida...


Fosse tão fácil como mudar de pele?

quinta-feira, outubro 04, 2007

As pedras...

Se as pedras tivessem alma,
Eram coisas vivas (não eram pedras);
E se os rios tivessem êxtases ao luar,
Os rios seriam homens doentes.
É preciso não saber o que são flores e pedras e rios
Para falar dos sentimentos deles.
Falar da alma das pedras, das flores, dos rios,
É falar de sí próprio e dos seus falsos pensamentos.
Graças a Deus que as pedras são só pedras,
E que os rios não são senão rios,
E que as flores são apenas flores.

Fernando Pessoa como Alberto Caeiro

terça-feira, outubro 02, 2007

As pedras...

"Posso ter defeitos, viver ansioso e ficar irritado algumas vezes, mas não esqueço que a minha vida é a maior empresa do mundo. E que posso evitar que ela vá à falência. Ser feliz é reconhecer que vale a pena viver, apesar de todos os desafios. Ser feliz é deixar de ser vítima dos problemas e tornar-se autor da própria história. E atravessar desertos fora de si, mas ser capaz de encontrar um oásis no recondito da alma. É agradecer a cada manhã pelo milagre da vida. Ser feliz é não ter medo dos próprios sentimentos. É saber falar de si mesmo. É ter coragem para ouvir um "não". É ter seguranca para receber uma crítica, mesmo que injusta? Pedras no caminho? Guardo todas, um dia vou construir um castelo... "

Anónimo

When the saints go marching in

Everybody's looking for something...

Make Love Not War


Actos negativos produzem mais actos negativos.
(graffiti de Banksy)

Stardust - O Mistério da Estrela Cadente

Quem gosta de uma boa história de fadas? Eu gosto. Este filme é um filme fantástico e oportuno. Fantástico pela fantasia que representa, oportuno porque em tempos de realismo, as pessoas esquecem-se de sonhar, de acreditar no "final feliz". Ok. Os maus não são sempre castigados e os bons recompensados, o mundo não é preto e branco. Mas o filme está cheio de humor, originalidade e muitas metáforas para descobrir. Viva os amores descobertos, os amores despertos, os amores (re)abertos e a fantasia no lugar certo.
16/20

domingo, setembro 30, 2007

Há pessoas

Há pessoas que não fazem distinções. Há pessoas que comem qualquer coisa. Há pessoas que comem o que lhes fica bem. Há pessoas que não comem o que lhes faz bem. Há pessoas pouco saudáveis porque não tomam atenção ao que comem. Há pessoas que só comem pelo sabor e não pelo valor do alimento. Há pessoas que passam a comer melhor. Há pessoas que são fiéis à sua alimentação. Há pessoas que não.

sábado, setembro 29, 2007

Músicas e outras coisas

Há músicas que nos tocam de uma forma brutal. Algumas porque nos identificamos com elas, outras porque soam terrivelmente belas aos nossos ouvidos, outras porque nos lembram alguém que muito amamos, outras porque nos lembram momentos particularmente felizes da nossa vida (mesmo quando a música é a Macarena). Não há nada como ter uma banda sonora das nossas vidas.

Porque é que eu estou a escrever isto no blog? Será para quem me visita (aquele grupo de amigos queridos, alguns anónimos e um ou dois indesejáveis)? Aliás, para que escrevo eu no blog? A resposta é fácil. Para mim. Estou a construir um diário de bordo. Uma manta de retalhos, que ao contrário de um diário bem guardado no word, tem imagens, tem uma vida quase própria e pode receber input externos. Tenho a certeza de que vou gostar de ver onde estava hoje, daqui a 15 anos. A net possibilita isto. E nem gasto espaço a armazenar. Mas tudo tem os seus custos. Não posso escrever coisas que queira só para mim. Mas o que é meu é meu.
E as músicas da minha banda sonora? Muitas... ficam algumas.

Breathe Me - Sia
Nature Boy - David Bowie
Song for Guy - Elton John
Wind beneath my wings - Bette Midler
Together Again - Janet Jackson
LIve to tell - Madonna
Food for thought - Dionne Farris
Stronger - Sugababes
This life - Mandalay
Assisse - Camille
All is full of love - Bjork
Wise up - Aimée Man
Love at first sight - Kylie Minogue
Somebody - Depeche Mode
Sandalwood - Lisa Loeb
Hot gets a little cold - Cindy Lauper
Tudo o que eu te dou - Pedro Abrunhosa
Balancê - Sara Tavares
Jesus to a Child - George Michael
Greatest Love of All - Whitney Houston
Can't make you love me - Bonnie Raitt

Wild Tigers I Have Known

Este filme produzido pelo Gus Van Sant e parte da selecção oficial do festival de Sundance não me cativou. O princípio é interessante, a descoberta sexual de um rapaz de 13 anos, filmado sobre o prisma do plano de sensações inerentes à adolescência. Contudo, acho que o filme se tornou demasiado conceptual. A busca pela intelectualização e estilização do sujeito do filme acabou por tornar tudo demasiado etéreo. Acho que acabamos por perder o contacto com o filme a dada altura. Apenas o relaizador deve saber do que está a falar.

13/20

sexta-feira, setembro 28, 2007

Não é?

Se temos de fazer as coisas porque não fazê-las bem feitas? E podemos sempre começar pelas coisas mais simples. O átomo é a base da matéria. Tão pequeno é o átomo que nem sempre lhe damos o valor exacto na composição da matéria. Quem consegue ver um átomo?

quarta-feira, setembro 26, 2007

Hoje fiz um desejo a olhar para a Estrela Polar

Não tenho receio de dizer que fiz um desejo egoista. Pedi para continuar a sonhar um sonho (ou concretizar um sonho) que comecei a sonhar há quase 1 ano.

O cão e o lobo

Um grupo de cientistas domesticou uma matilha de lobos. Criou-os de nascençae comparou com uma matilha de cães. Chegaram à conclusão de que o cão é tem capacidades de comunicação que já estão inscritas nos seus genes. O cão procura indicações no comportamento humano e segue as indicações dos humanos para resolver problemas. O lobo não liga às indicações dos humanos e tenta resolver o problema sozinho. Quando o problema não é solucionável por si mesmo o lobo fica agitado. O cão depois de algumas tentativas, tenta apoio junto do humano para que ele lhe resolva o problema.

Percebeu-se que a natureza selvagem do cão foi apagada dos seus genes, e mesmo quando o cão é deixado em estado selvagem, ele procura sempre uma mão amiga ou um humano em que possa confiar.

Para além disto o cão comunica. Embora sejamos incapazes de perceber o que ele diz. Foram gravadas as vozes dos cães de múltiplas raças e eles reproduzem os mesmos sons para a mesma situação.

O cão, se bem educado e acarinhado é mesmo o melhor amigo do homem. E até a minha tia de 83 anos que já está com esclerose avançada me disse um dia destes «gostava tanto de ter um cãozinho». No fundo acho que ela sabe que teria sempre alguém para amá-la e fazer-lhe companhia

Bull Terrier

Sabiam que os Bull Terrier têm numa tendência para o distúrbio obsessivo-compulsivo? Os Bull Terrier são um cruzamento entre um Bulldog e Terrier Inglês, a que anos mais tarde foi juntada a raça Pointer. A sua origem data de 1830. Pretendia-se um cão que tivesse uma tendência predatória acima do normal da verificada nas duas primeiras raças que o originaram. Contudo, o bicharoco desenvolveu uma deficiência nos genes que orientam a capacidade predatória. Muitos deles tornam-se obsessivos compulsivos e passam horas a perseguir a cauda até que se vomitam ou caem inconscientes no chão (ou as duas coisas). Estes cães têm de tomar medicação para conseguir ter uma existência normal. Normalmente os cães que sofrem da doença são muito meigos. Os humanos fartam-se de criar coisas e nem sempre controlam a qualidade das suas criações.

A grande prenda

A grande prenda que se pode dar a alguém é fazê-la feliz. Ontem fiz uma pessoa incrivelmente feliz. No caminho também me tornei feliz. Fiquei a sentir-me vivo. A pessoa a bem dizer foi a mamãe. Ela merece. Afinal não é todos os dias que se fazem 65 anos, com um enorme sorriso na cara. E se ela está de arrasar, oh lá se está. Uma quebra corações, no seu segmento logicamente. longa vida à mamãe.

segunda-feira, setembro 24, 2007

Waterfalls - TLC

I seen a rainbow yesterday
But too many storms have come and gone
Leaving a trace of not one God-given ray
Is it because my life is ten shades of grey
I pray all ten fade away
Seldem praise Him for the sunny days
And like His promise is true
Only my faith can undo
The many chances I blew
To bring my life to a new
Clear blue and unconditional skies
Have dried the tears from my eyes
No more lonely cries
My only bleedin' hope is for the folk who can't cope
With such an endurin' pain that it keeps 'em in the pouring rain
Who's to blame for shootin'caine into you're own vein
What a shame you shoot and aim for someone else's brain
You claim the insane and name this day in time
For fallin' prey to crime I say the system got you victim to your own mind
Dreams are hopeless aspirations
In hopes of comin' true
Believe in yourself
The rest is up to me and you.

domingo, setembro 23, 2007

Today...

«Today is the last day that I am using words, they've gone out, lost their meaning, don't function anymore» by Nelle Hooper

sexta-feira, setembro 21, 2007

Tenho os olhos em bico

Estou cansado de estudar. Ainda tenho 6 meses pela frente e os mais stressantes de todos. É preciso ter calma, não dar o corpo pela alma (já dizia o outro). Tenho saudades de algumas pessoas. Eles sabem quem são: a gaja que ginga a anca como ninguém, a gaja que sempre que se junta a mim temos de fazer um esforço para não chorar como madalenas, o gajo pequenino que não é dançarino, o princípezinho e a sua princesa, a gaja tagarela, o casal maravilha e a sua ervilha, e tantos outros. Um beijo a todos.

Dos Patrias: Cuba y la noche

Cuba de Castro, Cuba dos turista, o que é Cuba afinal? Que país é esse, quem são essas gentes e o que se esconde na noite? Este filme mostra uma Cuba desconhecida, uma Cuba a que poucos têm (ou querem ter acesso). Este documentário mostra (com recurso a textos de Reinaldo Arenas, o que dá uma dimensão poética muito bonita) a vida de alguns homossexuais em Cuba e paralelamente o que é a realidade desse povo, a sua vida quotidiana. Não tenho muito para dizer. A não ser que teria um enorme gosto em visitar Cuba. Esta Cuba suja, má, pontilhada a pérolas.

17/20

Bob and Jack's 52 - year old adventure

Estar 52 anos numa relação é obra num casal heterossexual. Então o que dizer do casal Bob and Jack, 52 anos juntos contra todas as adversidades da sociedade dos anos 50. Ambos no exército, quando se conheceram, abandonaram as vidas que conheciam em nome de um amor que ainda hoje dura. Um deles deixou a mulher e os filhos e ainda hoje sobrevive com essa culpa, não se arrependendo contudo do caminho que tomou. Não é um documentário de conto de fadas. Não é uma receita para uma relação feliz. É uma história real sobre as dificuldades de viver a dois, os ajustamentos, as zangas, a infidelidade, mas no final um enorme amor que impediu a desmembramento do casal. E engraçado vê-los dizer que o casamento é para o melhor e para o pior. Para eles foi e é mesmo isso. Um deles está bastante doente agora e o outro cuida dele com muita dedicação. Dizem que agora é o pior, com a velhice, mas que tiveram uma vida boa. Muitas vezes me pergunto se as pessoas fazem alguma ideia do que estão a dizer quando se juntam a alguém para o melhor e para o pior. Ninguém se junta para o pior e quando o pior acontece, há a separação. Acho que talvez seja essa a receita. Estes casal sem o reconhecimento social e das famílias juntou-se para o melhor e para o pior. Resultado 52 anos juntos e a somar.

17/20